Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão, a Sociedade Brasileira de Cardiologia promove ações por todo o país
A Sociedade Brasileira de Cardiologia – SBC – revela que o tratamento da hipertensão e o controle dos principais fatores de risco para o coração, como controlar o colesterol, evitar o estresse, praticar exercícios regulares e ter uma alimentação saudável podem reduzir em até 80% as doenças cardiovasculares, segundo as conclusões dos mais recentes estudos e diretrizes nacionais e internacionais avaliados pela entidade. A análise faz parte de um novo posicionamento mundial do qual a SBC integra para a prevenção cardiovascular.
“Não há nada mais importante do que prevenir e a maioria das ações, médicos e população já conhecem amplamente, bastam ser implantadas”, esclarece o diretor de Promoção da Saúde Cardiovascular da SBC, Fernando Costa. O especialista destaca que, nas últimas três décadas, houve uma diminuição da incidência da hipertensão de 36,1% para 31% da população adulta, conforme estudo feito pela SBC com base em 40 trabalhos científicos realizados em todo o Brasil e publicado na 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial.
“O caminho é conhecido e quando ocorre uma intervenção, como no caso da hipertensão, com várias medidas tomadas, entre elas o fornecimento de medicação para tratar a doença, o resultado vem. É uma luta que precisa ser continua. Temos que lembrar as pessoas que o tratamento da hipertensão é para sempre”, completa o diretor da SBC ao ressaltar a importância da adesão.
As doenças cardiovasculares matam, segundo o Cardiômetro da SBC, cerca de 400 mil pessoas por ano no Brasil e a hipertensão é um dos principais fatores de risco. “Tratar a doença pode reduzir em até 70% as internações por emergências cardiovasculares e diminuir o número de infartos e AVCs”, revela o diretor da SBC, Fernando Costa. Os atendimentos de emergências cardiovasculares nos hospitais do Brasil são 82,20% maiores do que os eletivos, aqueles onde uma cirurgia ou procedimento é agendado com antecedência. Segundo levantamento da SBC, em 2017, foram realizados 1.130.692 internações por doenças cardiovasculares, sendo que 929.528 (82,20%) foram de forma emergencial. Para os homens, a relação foi ainda maior: 84% em caráter de urgência, enquanto para as mulheres foi de 79%.
Alimentação como aliada
“A alimentação pode ter um fator determinante, associada à prática de atividade física, na prevenção da hipertensão. Reduzir o sal e consumir alguns alimentos de forma equilibrada contribuem no controle da doença”, completa Fernando Costa. A 7ª Diretriz Brasileira de Hipertensão Arterial constata que o chocolate amargo (70% de cacau), ácidos graxos, como o ômega 3, encontrados em peixes, fibras em aveia, cevada, feijão, grão de bico, lentilha e ervilha, e ainda alho, café e chá verde, são alimentos auxiliares no controle da hipertensão.